Depois de varias reuniões dos diretores da empreendedora Bolts com prefeito Demir Barbosa e secretário municipal do Meio Ambiente Demósthenes Junior, a empresa Bolts Energias assinou contrato com a Multinacional francesa Areva Renewables para implantar a termelétrica Campo Grande Bioeletricidade Campo, de 150 megawatts (MW) de capacidade. O investimento total da Bolt Energias na usina é de R$ 650 milhões. De acordo com o contrato, a Areva ficará responsável por toda a engenharia, compras e construção (EPC, na sigla em inglês) da térmica. As obras estão previstas para começar no primeiro semestre de 2015. A expectativa de conclusão é meados de 2017.
A térmica, que negociou contratos em leilão de energia “A-5” no ano passado, tem compromisso de iniciar o fornecimento de energia no começo de 2018. A usina vai operar com eucalipto. A gestão florestal será feita pela Tree Florestal, parceira da Bolt Energias. As duas companhias pertencem ao grupo Ático. “Creio que é um dos maiores projetos de biomassa existentes no Brasil”, afirmou o diretor presidente da Areva Renewables Brasil, André Salgado. “O contrato representa mais de 50% (em valor) da nossa carteira de pedidos para este ano”, completou o executivo. A companhia possui outras quatro encomendas em andamento, três de térmicas a biomassa e uma de hidrelétrica. Para o presidente da Bolt Energias e sócio-diretor do Grupo Ático, Ricardo Junqueira, o acordo foi essencial. “Demos hoje um importante passo para o desenvolvimento da Campo Grande BioEletricidade ao assinarmos o contrato do EPC com a Areva, com fornecimento das caldeiras pela CBC. As parcerias com estas duas companhias são estratégicas para a Bolt Energias.
A expertise internacional de ambas garantirá a construção e futura operação da usina de forma sólida e dentro dos prazos estabelecidos”, analisa. “A biomassa, não só de eucalipto, mas de outras fontes, terá um aumento considerável de oferta. O governo tende a ser muito ativo nessa linha, porque é uma alternativa para essa seca que está acontecendo agora”, afirmou Gustavo Magalhães, sócio-diretor do grupo Ático. Com relação à Campo Grande Bioeletricidade, o executivo contou que espera obter no próximo ano o financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o projeto. A expectativa, segundo ele, é que até 75% do valor total do investimento sejam financiados pelo banco estatal. O projeto já tem licença ambiental de instalação. E a licença de operação é aguardada para outubro de 2017.
O prefeito Demir Barbosa comemora a parceria. “Teremos com certeza uma parceria saudável e progressiva para o desenvolvimento do município, agora é preparar formação para mão de obra e suprir o maior número possível de empregos local. Durante essa instalação que será no primeiro semestre de 2015, está previsto três mil empregos diretos e indiretos. Estou muito feliz pela notícia, agora é unir o poder legislativo, executivo e a sociedade para atender a demanda desse empreendimento”, comemorou o prefeito.
Para o secretário de Meio Ambiente, Demósthenes Junior, o empreendimento concretiza avanços significativos no crescimento econômico e social do município. “Não existe sustentabilidade sem desenvolvimento econômico e social. O nosso objetivo é seguir rumo ao desenvolvimento da região associadas à preservação ambiental. Essa parceria vem acontecendo porque os empreendedores vêm trabalhando sempre com responsabilidade, preservação do meio ambiente, obedecendo às normas de proteção ambientais que são colocadas em leis. A instalação da termelétrica beneficiará toda a sociedade a exemplo de mão obra e do mercado local”, assegurou o secretário de municipal de Meio Ambiente, Demósthenes Junior.
Texto: Diego Souza
Fontes: Valor Econômico – SP e Jornal da Energia
Fotos: Diego Souza/Adinete Batista e Valor Econômico/Léo Pinheiro
