Prefeitura Municipal realiza encontro do 3º Módulo de Formação de Cuidadores de Crianças com Deficiência

Com a presença de cuidadores e professores regentes, a Secretaria de Educação de São Desidério (SEDUC), por meio do Centro de Atendimento Educacional Especializado – AEE realizou no Centro Cultural durante a sexta-feira, 25, o 3º módulo do Curso de Formação para Cuidadores de Crianças com Deficiência.

De acordo com a coordenadora do AEE, Kalyana Oliveira, este módulo trata especificamente das deficiências e dos sistemas alternativos no contexto escolar. “Têm muitas crianças que precisam se comunicar de alguma forma com os cuidadores e professores nas Unidades Escolares, e hoje esse módulo também contempla as maneiras de como esses profissionais utilizam os mecanismos de comunicação alternativa e aumentativa”.

Atualmente o AEE atende cerca de 81 crianças e jovens no município em turno oposto a turma regular de ensino. “Tenho três alunos que necessitam de cuidados especiais e é necessário que o cuidador tenha mais contato com eles, sempre quis participar, porque nós professores, também precisamos de orientação, de trocar experiências e dessa parceria. Esse curso contribui muito para nos ajudar a entender melhor sobre os materiais adequados para cada necessidade e também representa um momento específico para planejar junto com outros profissionais da área”, destacou a professora Mayra Moreno.

Lucivânia de Jesus, deficiente visual, auxiliou os professores durante a realização de uma dinâmica que simulou a locomoção da pessoa com deficiência visual. “Antigamente, os deficientes ficavam escondidos, presos em casa. Hoje os deficientes estão tomando conta do espaço. Tem que enfrentar as dificuldades e lutar”, declarou Lucivânia.

Durante o curso foram realizados momentos de partilha de relatos emocionantes de algumas mães, a exemplo de Adélia Barreto, do Povoado de Penedo. “Tenho uma filha de seis anos com deficiência, e a cada dia é um aprendizado. No início queria protegê-la de tudo e sempre colocava alguém em casa para cuidar dela, só que essas pessoas não me demonstravam segurança. Até que ela começou a frequentar o AEE em horário oposto ao da escola e eu passei a buscar maneiras para aprender mais, participando de cursos como esse que contribuem muito. Hoje minha filha participa de tudo”, relatou.

Texto e fotos: Ana Lúcia Souza

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