Trabalho escravo é tema de formação em São Desidério

A prefeitura de São Desidério por meio da parceria entre as Secretarias Estadual e Municipal de Educação realiza a formação de educadores/multiplicadores do município sobre trabalho escravo, o Programa ‘Escravo, nem Pensar’, durante todo o dia de hoje, 21.

“Nós aderimos ao programa, porque, infelizmente os índices de trabalho escravo no município são elevados, vamos formar os multiplicadores e trabalhar esse tema nas escolas para lutar contra essa realidade e conscientizar nossas crianças e jovens, buscando a prevenção”, revela a secretária de Educação Iléia Almeida.

Ministrada pelas representantes do Núcleo Territorial de Educação (NTE 11), Josélia Lopes, Rejane Trentini, Jamille Lemos e Macyglenda Guimarães, a formação revela que o objetivo do programa é conscientizar a população estudantil sobre a existência do trabalho escravo, como reconhecer e a quem procurar, efetivando ações preventivas sobre essa situação. “A região oeste da Bahia desponta como a primeira no ranking estadual e São Desidério é o município que está em primeiro lugar nos índices”, alerta a formadora Josélia Lopes.

Josélia explica que o programa foi implantado na rede estadual de ensino e que a Secretaria Municipal de Educação de São Desidério aderiu à causa com todo o suporte necessário para realização das ações. “Estamos felizes porque a rede municipal abraça o programa, após a formação, os multiplicadores realizarão trabalhos educativos que envolvam a comunidade como um todo no combate a essa prática”, acrescenta Josélia.

As ações serão aplicadas inicialmente em sete escolas municipais em função da localização, atendendo o público da zona rural e distritos do município. “A escravidão não é assunto do passado, isso é uma realidade identificada perto de nós, não podemos fechar os olhos para isso, precisamos debater essas questões sociais onde elas acontecem”, acrescenta a diretora de Departamento Pedagógico, Cirlene Gomes.

O gestor da escola Maria Francisca da Silva do povoado de Pontezinha, Wilian Neri, revela a importância do programa. “Precisamos saber como orientar nossos alunos, quais órgãos acionar e levar mais conhecimento à comunidade local”, conclui. Também participam da formação representantes do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), do Centro de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS).

As escolas atendidas serão: Escola Municipal Francisca da Silva em Pontezinha, Escola Municipal Otaviano Pereira da Silva em Campo Grande, Escola Municipal Ovídio Francelino de Souza em Ponte de Mateus, Escola Municipal Waldeck Ornelas em Roda Velha, Escola Municipal Antônio Carlos Magalhães em Roda Velha, Escola Municipal Manoel Rodrigues de Carvalho em Sítio Grande e Escola Municipal Germano Rodrigues de Carvalho na sede.

Texto e foto: Jackeline Bispo

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