Com o intuito de mobilizar o público feminino sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, a Secretaria Municipal de Saúde por meio de uma comissão organizadora, realizou na tarde desta terça-feira, 21, um encontro como parte da campanha nacional “Outubro Rosa”, Uma Campanha para tocar no Fundo do Peito. O evento aconteceu no Centro Cultural Celso Barbosa e concentrou cerca de 300 mulheres, além do secretário de Saúde, Jeferson Barbosa e vereadores.
O evento foi iniciado com uma palestra descontraída com o médico ginecologista, João Bento, que fez esclarecimentos sobre o câncer de mama, assim como a importância do autoexame e mamografia e, falou também sobre o câncer de colo uterino e próstata. “Por dia, vinte mulheres morrem por causa do câncer de mama, por isto, o nosso objetivo é incentivar e mobilizar as mulheres com mais de 40 anos a realizar o autoexame das mamas, além de passarem por exames de mamografia e pela coleta do papanicolau. A orientação é que especialmente este público não deixe de fazer a mamografia, um exame de raio-X que permite identificar nódulos cancerígenos, pois, esta doença é silenciosa, não causa dores, assim como os homens acima dos 50 anos que devem fazer o exame anualmente”, esclareceu João Bento.
Um vídeo apresentado com depoimentos emocionantes de mulheres do município de São Desidério, que passam ainda pelo problema e estão em fase de tratamento também marcou o evento, além de uma roda de conversa, com perguntas para o ginecologista João Bento e a clínica geral Adelle Nóbrega.
De acordo com o secretário de Saúde, Jeferson Barbosa a iniciativa foi positiva. “Quero parabenizar a comissão pelo evento de mobilização e também a participação das mulheres, pois tenho certeza que captaram a mensagem e levarão esta ideia adiante, e a partir de hoje se cuidarão mais, por que hoje, foi dado o primeiro passo, pois, ouviram as informações e tiraram as dúvidas”, destacou.
Para a idealizadora da campanha no município e membro da comissão organizadora Vanúzia Moraes, salientou que foi satisfatória a realização do evento. “Desde o ano passado que me despertei para o grave problema e então procurei mais algumas pessoas e contatamos com a secretaria de Saúde que abraçou a causa e, graças a Deus deu tudo certo. Contamos que para o próximo possamos expandir a campanha de mobilização”, declarou.
A enfermeira e também membro da comissão, Elisete Barbosa completou, não se pode deixar que uma causa tão importante como essa fique restrita apenas a este período e que o autoexame e consultas médicas em intervalos mais curtos ampliam o diagnóstico precoce, são essenciais para o tratamento adequado da doença.
A campanha – O Outubro Rosa foi criado no início da década de 90, mesma época em que o símbolo da prevenção ao câncer de mama, o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovido anualmente em diversos países.
Sintomas – Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum.
Prevenção – Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama, uma vez que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contraindicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor.
Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença. Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também constituem fatores de risco para o câncer de mama.
Texto e fotos: Adinete Batista
