Festa do Divino marca os festejos religiosos em São Desidério

A manhã de 20 de setembro é diferente para os devotos do Divino Espírito Santo em São Desidério, pois neste dia é celebrada uma missa festiva para homenagear uma manifestação religiosa e cultural que ultrapassa gerações. A Igreja Matriz ficou lotada durante a celebração presidida pelo bispo de Patos na Paraíba Dom Eraldo Bispo e o padre Pedro Felipe. “Esta festa tem uma força histórica para São Desidério, devemos celebrar sempre com muita fé e devoção e lembrar que o Espírito Santo é sinal de Deus em nosso meio”, confirma Dom Eraldo.

Música, foguetes e apresentações marcaram o cortejo que partiu da casa do Imperador Geovane Ferreira até a Igreja. A festa do Divino é uma das festas mais populares comemoradas no município e que todos os anos registra grande participação de moradores da sede e zona rural, além de visitantes de vários estados brasileiros. “A gente sempre sente um amor tão grande invadindo nossa alma que fica difícil explicar os sentimentos, participo para agradecer toda a vida e para pedir ao Divino novas graças”, revela a aposentada Francina Conceição.

Quem agradece também é o imperador da festa este ano. “Agradeço imensamente a todos que se dedicaram na organização desta festa, aos foliões que todos os anos se doam a esta tradição que além de tudo renova nossa fé e alegra nossa alma, ao apoio da prefeitura que é de fundamental importância, a toda comunidade que celebra com amor os dons do Espírito Santo, agradeço a Deus por tantas alegrias nessa caminhada”, emocionou-se Geovane.

Apresentações e momentos de ação de graça marcaram a missa que terminou com o sorteio do novo Imperador e da corte, responsáveis por organizar a festa do próximo ano. João Celestino foi sorteado para Imperador de 2019. Após a transmissão da coroa todos se dirigiram para o Clube Esportivo Social de São Desidério – CESSD, onde foi servido o popular almoço animado com muita música ao vivo.

História e tradição – A Festa do Divino tem início no mês de maio, quando a família do Imperador, juntamente com os foliões levam a bandeira, um dos símbolos da tradição, por todas as localidades do município, sendo o último local a sede, com intenção de arrecadar donativos para a festa. O festejo é coordenado pelo Imperador e sua corte formada por: Alferes da Bandeira (quem conduz a bandeira), Caudatários (responsáveis pelo isolamento da corte durante o circuito da casa até a Igreja), Procurador da Bandeira (encarregado por buscar interessados e adicionar seus nomes para participarem do sorteio da corte do Imperador do ano seguinte) e Capitão do Mastro (aquele que organizará juntamente com a comissão a Pegada dos Mastros, nos quais serão erguidas as bandeiras da Padroeira e do Divino, no primeiro sábado de setembro). A festa culmina com a missa e o farto banquete que é servido aos devotos e fiéis, uma característica marcante da tradição, que foi trazida de Portugal.

Texto: Jackeline Bispo
Fotos: Ascom

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