A Secretaria de Assistência Social (SAS) por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) em parceria com a Secretaria de Saúde por meio da Atenção Básica realizaram na manhã de quinta-feira, 01, orientações sobre cuidados domésticos e higiênicos para moradores da comunidade de Zé Nobre. O trabalho antecipa a entrega das 13 casas construídas pelo Programa Municipal Casa Bela e visa ajudar às famílias que moravam em casas de palha e adobe a se adaptarem às residências de alvenaria.
“A gente tá se acostumando com a nova vida, toda minha vida morei em casa de palha, com piso de chão batido, sem banheiro, com a nova casa nosso sonho se realizou e a gente tem que aprender a cuidar pra durar a vida toda”, confessa a aposentada, Gerônima dos Santos. Ela e o marido, José Nobre chegaram ao local no início do ano 2000, se instalaram nas terras onde seus filhos também constituíram outras famílias. O patriarca faleceu em 2013 e a comunidade ficou conhecida como Zé Nobre, a maioria dos moradores são descendentes do casal.
“A nova realidade exige que orientemos essas famílias sobre cuidados básicos de higiene, a utilização dos banheiros evitando até algumas doenças, cuidados com o lixo, orientando também às crianças”, explica a coordenadora da Atenção Básica, Tatiane Rodrigues.
Paulina dos Santos tem 9 anos e entendeu direitinho o objetivo da reunião. “Eu aprendi muitas coisas hoje e agora vou ajudar as crianças menores a usar o vaso e a escovar os dentes na pia do banheiro, tudo é novidade pra gente”, comenta.
O Programa Casa Bela já construiu 45 casas em várias comunidades rurais, mas a localidade de Zé Nobre foi o lugar com maior número de casas, 13 no total. “A demanda do povoado era grande, a maioria das casas estavam em situações muito precárias, essas pessoas viviam em total situação de vulnerabilidade e riscos, por isso estamos intensificando os trabalhos e preparando os moradores para essa nova realidade”, informa a Secretária da SAS, Vandreia Mendes.
“Há 18 anos moro aqui e nunca tivemos condição de construir uma casa melhor, muita gente já tinha perdido a esperança, mas eu rezava e acreditava que um dia alguém iria olhar pela gente, eu estou muito feliz”, comemora a dona de casa Neuza dos Santos.
Texto e foto: Jackeline Bispo
